Sons da nossa turma

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Beiriz

O nome mais antigo que se conhece e do qual deriva a palavra Beiriz é “Villa Viarizi”.
Há um registo, do século XI em que a paróquia é registada como a “Sancta Eulália de Viarizi”.
Até à reforma liberal a freguesia pertenceu ao concelho de Barcelos e à Comarca de Viana. Em 1836 passou para o concelho de Vila do Conde e em 1853 para o concelho da Póvoa de Varzim no qual se conserva hoje.

Beiriz fica situada a 4 km a nascente da sede do concelho e entre as estradas nacionais para Barcelos e Famalicão.

Desde sempre, Beiriz teve emigrantes que saíram da sua terra para trabalharem no estrangeiro. Aos emigrantes no Brasil se deve a construção em 1872, da sua espaçosa igreja paroquial.

Em Beiriz, apesar da padroeira ser Santa Eulália, o povo venera e comemora a festa do S. Gonçalo em agradecimento pelo milagre feito por este santo aquando da “ grande peste” que dizimou muitas pessoas. A esta festa acorrem gentes das aldeias vizinhas e outros forasteiros. É uma Romaria!

As principais actividades económicas são: a agricultura, a construção civil e a indústria têxtil.
Na arte tem como movimentos históricos; os arcos do século XVII, que são o resto do aqueduto que transportava água de Terroso passando por Beiriz, para o convento de Santa Clara em Vila do Conde. Tem ainda o pelourinho do Cruzeiro.

No artesanato, destacam-se os famosos tapetes de Beiriz. São feitos em teares de madeira, com lãs cortadas, trabalhadas nos pontos que os tornaram celebres, os pontos de Beiriz, o ponto Estela e o ponto Zagal.

No ensino, esta freguesia possui uma creche, ATL e garante o ensino desde o Jardim de Infância até ao 9º ano de escolaridade.

Apesar dos progressos a nossa terra, tal como outras em Portugal, também revela algumas carências. Essas carências residem num melhor saneamento básico, num lar de 3ª Idade ou Centro de Dia para os idosos e outros.
Escola E.B 2/3 de Beiriz
Igreja de Beiriz ( Santa Eulália )


Aqueduto de Beiriz


Capela de São Gonçalo

TAPETES DE BEIRZ


Este tapetes caracterizam-se pela sua exuberante variedade decorativa.
Nesta tapeçaria tecida sobressaem as Tapeçarias de Portalegre e os “Nós de Beiriz”. Estes famosos tapetes eram feitos em juta de lã tingida com tintas vegetais.
As cores baseavam-se nos tons tradicionais de Arraiolos.
Os teares utilizados eram manuais e o desenho do tapete representado em papel milimétrico.
Em 1921 foi inaugurada uma exposição de Tapetes de Beiriz na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa e muitas outras se seguiram.
Com o andar dos tempos e devido a causas diversas a fábrica destes prestigiados tapetes virias a fechar por volta de 1974.
Reabriu as suas portas em 1989, devido à iniciativa de uma senhora de origem alemã – Heidi Hanneman.
Esta, após cinco anos de estudo pesquisa e recolha de material constitui uma equipa e reinicia uma nova unidade também em Beiriz, no lugar de Quintã, próximo da igreja, permitindo assim as técnicas tradicionais de “Beiriz” não se perdessem.
Esta indústria de artesanato que actualmente congrega 42 mulheres, com 12 teares a trabalhar, dedica-se ao fabrico dos tapetes de Beiriz em “Zagal”, “ponto de Beiriz” e “ponto de estrela”, para além de proceder ao restauro de carpetes antigas.
Porque sentida, compreendida a actualizada pelos seus novos criadores, a artesania dos tapetes renasceu e tem vindo a mostrar que a aposta em afirmar os tapetes de Beiriz valeu a pena.

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